Pelo contrato e pelos salários<br>nas fábricas de material eléctrico

Duas concentrações de trabalhadores de empresas fabricantes de material eléctrico e electrónico tiveram lugar no dia 4, para exigir da associação patronal que respeite o direito à contratação colectiva e a aumentos salariais justos.
Promovidas pelos sindicatos da FSTIEP/CGTP-IN, estas acções foram realizadas junto do Complexo Grundig, em Braga (onde estão instaladas a Fehst, a Blaupunkt e a Delphi) e em Alfragide, frente à Siemens. Outras acções poderão brevemente ser convocadas para interpelar outras empresas com responsabilidades nos corpos sociais da associação patronal.
A ANIMEE (Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico) devolveu a proposta sindical de revisão salarial, alegando que estaria caducado o contrato colectivo do sector, que subscreveu em 1977 com a FSTIEP, com renovações em anos posteriores. Em Julho do ano passado, o próprio Ministério do Trabalho negou o pedido de caducidade do contrato colectivo que fora apresentado pela associação patronal.
As concentrações de dia 4 foram decididas numa assembleia de delegados sindicais do sector, dia 23 de Março, em Coimbra, que voltou a exigir do Ministério e da Inspecção do Trabalho uma intervenção determinada para repor a legalidade. Em várias empresas, a intervenção sindical e a mobilização dos trabalhadores tem impedido que sejam concretizadas tentativas para impor um contrato, negociado com estruturas da UGT, que elimina ou reduz gravemente os direitos dos trabalhadores.


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